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ENTRADA NA LIVRARIA LELLO

“Contos da Quarentena”: das vozes do confinamento a Livraria Lello fez uma nova edição de inéditos

Contos da quarentena

Fechando portas para se confinar, mas abrindo janelas para nos arejar, durante a pandemia de COVID-19, que confinou o mundo na incerteza de uma página em branco, a Livraria Lello lançou um repto poderoso: preenchê-la com histórias, testemunhos destes tempos que enfrentamos e de uma luz de esperança na humanidade.

Agora, no dia escolhido por marcar os 159 anos da absolvição de Camilo Castelo Branco e sua libertação da Cadeia da Relação do Porto, abrimos também as portas aos seis contos vencedores do prémio “Contos da Quarentena”, partilhando-os com o mundo. A vitória, neste que foi um dos concursos literários mais concorridos de sempre, valeu aos autores a oportunidade de verem a sua criação publicada no livro com a chancela da Livraria Lello. 

Os autores portugueses e brasileiros partilharão as suas experiências, processos criativos e expectativas. O momento contará também com a intervenção de outros autores cujo sonho da escrita foi alavancado por prémios literários, tais como José Luís Peixoto e Andréa Del Fuego, ambos vencedores do Prémio Literário José Saramago, e com a presença dos membros do júri do concurso. 

Durante o evento, jornalistas e público terão ainda oportunidade de colocar questões aos autores, presencialmente ou nas redes sociais onde o lançamento será transmitido em direto (Facebook e Youtube).  


De narrativas distópicas, a paisagens do Portugal rural

Mathieu Fleury é enfermeiro e encontrou na escrita de «A Balada do Mamífero» o escape da realidade dura com que tem lidado no contexto da pandemia. Verte para as páginas deste conto a solidão, a esperança e a expectativa da origem de um vírus estar nas desilusões e na raiva, e fá-lo na voz de um pequeno mamífero: um pangolim. 

«As Netas de Bernarda Alba», conto escrito por Cláudia Barbieri, dialoga com a peça de Federico García Lorca, “A casa de Bernarda Alba” (1936). Seis décadas depois, o destino repete-se, agora motivado pela pandemia de COVID-19: o luto e o medo da morte vividos no feminino.

Hugo Araújo cria em «Breve Relato da Loucura do Menino Jesus» uma história intemporal. Numa paisagem do Portugal rural, habitada por personagens tão conhecidas de todos, narra conspirações, medos, angústias e questionamentos que poderiam ser também os nossos. 

Contos da quarentena

Helena Correia e Cláudia Fernandes passaram para o papel as tensões trazidas pelo confinamento, que tantos (incluindo as próprias) terão sentido durante os últimos meses. «O Duelo» retrata a discórdia de um casal, num constante contraponto entre o silêncio e a sua profanação.

Numa narrativa que parece ter surgido de um encontro entre Lovecraft e Edgar Allan Poe, Frederico Klumb explora em «Os Gatos» os misteriosos episódios da vida de um casal em confinamento. Usando a escrita como fuga para a realidade, o autor aborda desejos e sonhos que se confundem, através da relação entre humanos e animais. 

Por último, Márcio Cruzeiro criou nas páginas da distopia «2 Bilhões» uma realidade pós-pandémica, que, ainda que ficcionada, se torna assustadoramente semelhante àquela em que vivemos.

 

Contos da quarentena

“Os Contos da Quarentena” em Números: 

2.5: meses que a Livraria Lello encerrou, desde ainda antes do Estado de Emergência ser decretado até à reabertura de portas, a 1 de junho. 
5: meses da Livraria Lello a renascer (com máscara, desinfetante e distanciamento social)
6: contos e autores selecionados e premiados na Edição “Contos da Quarentena”
6.000: valor total em Euros dos prémios pecuniários
5.600: candidaturas recebidas
776: horas que demoraram a ser lidos todos os originais recebidos
39: países de que são nacionais os autores que nos enviaram originais
2250: número de exemplares desta 1ª Edição
3: línguas em que esta edição está disponível: Português, Inglês e Espanhol 
168: páginas que se folheiam nessa 1ª Edição
32: páginas que dura o conto mais extenso
16: páginas tem o conto mais curto
56: idade do autor publicado mais velho
25: idade do autor publicado mais novo
 

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