Poesia… Prosa… Arte: três definições para uma mesma obra. Esta é a primeira edição deste livro de Almada Negreiros, um dos mais proeminentes representantes do Modernismo e do Futurismo em Portugal. A encadernação brochada verde é um dos elementos icónicos desta obra, encontrando-se profusamente escrita a negro como se de uma sinopse se tratasse: “A Invenção do Dia Claro. Escripta de uma maneira para todas as espécies de orgulho, seguida das démarches para a Invenção e acompanhada das confidencias mais intimistas e geraes. – Ensaios para a iniciação de portuguezes na revelação da pintura – Com um retrato do autor por elle-próprio”. “Sem mestre”, e “sem discípulos”, como o caracterizaria José-Augusto França, Almada Negreiros destacou-se na pintura e na escrita, com importantes contributos para as revistas Orpheu e Presença. Contestatário e interventivo, em A Invenção do Dia Claro o artista deixa sobressair o lirismo da sua produção literária.